sexta-feira, 30 de maio de 2008

Treze (13)

O treze, comummente associado ao azar, também conhecido por ter sido o número de Eusébio no Campeonato do Mundo de 66, será, a partir do próximo Domingo, também conhecido como o algarismo em que terminou a 3ª serie de “Boa Noite Alvim”. Consta que Eusébio terá ameaçado Alvim, no sentido de fazer mais um programa, para assim o número 13 continuar quase exclusivamente associado ao Pantera Negra. “Levas-me duas galhetas nesse focinho se os programas forem só 13”, foram as palavras iniciais do Pantera Negra, concluindo com um bem mais calmo “faz só mais um então, e lixa o 14, o número do Cruyff”. Mas Alvim não manda nada e a terceira série termina mesmo no próximo Domingo. Ao 13º programa. Para fechar em beleza, dois convidados. Lena d’Água é um dos convidados. Alvim levou a ameaça de Eusébio bem a sério e, não podendo fazer outro programa na 4ª série porque vai estar três fora do país a resolver um problema envolvendo imobiliário e lenocínio numa cidade eslovena, tentou aligeirar as coisas convidando alguém ligado ao Benfica. Como é indivíduo com muito poucos contactos, competências sociais e as que mais houver, a personalidade mais ligada ao Benfica que conseguiu foi Lena d’Água. E, mesmo sem saber, em excelente hora o fez. Helena surpreenderá meio mundo. Nem vale a pena dizer mais nada. Numa das imensas provas de categoria de Helena Águas, podemos apenas adiantar que deu doze vezes mais toque numa bola de futebol que Fernando Alvim. O outro convidado é o magnânime José Pedro Gomes. Artista multifacetado, expressão que não sabemos bem o que quer dizer no caso, mas que temos visto usar por aí para classificar artistas. E artista, de alto a baixo, é José Pedro Gomes. Contará vinte e sete anedotas em dois minutos, das quais Alvim perceberá apenas quatro, rindo-se. Helena d’Água riu-se nas vinte e sete, mas também se riu quando Zé Pedro Gomes falava de coisas sérias (como taxas de juro, Nasdaq e Dow Jones), por isso ninguém ficou com certezas definitivas em relação ao que quer que seja. Está dado o recado. É ver o programa, que até é a cores. Alvim agradece apenas que não gravem, porque depois faz conta de vender gravações piratas em dvd. A partir de terça-feira, na Praça da Figueira, junto à estátua com aquele cavalo.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

12 BNA’s. P’ra levar, sff.

E é mesmo isso. É já este Domingo, o último de Maio, que, na SIC Radical, ali um bocadinho de nada depois das 23 horas, o “Boa Noite Alvim” dá o seu 12º, e firme, passo rumo a sabe-se lá onde e o quê. Mas será mítico, disso ninguém duvida, excepto um cidadão que mora ali na zona de Águeda, mas que entretanto já foi colocado na ordem via “duas coronhadas” em sítios que dói muito. Foi nos rins, nada de golpes baixos. Adiante, que será um “Boa Noite Alvim” com, pasme-se, convidados, rubricas e uma ou outra surpresa à qual só se consegue, e deve, associar o adjectivo “delirante”. Há mais uma adjectivação possível, mas inclui uma asneira depois de um “do”. Como convidados, duas figuras, uma da canção, a outra da publicidade. A figura da canção trata-se, claro está, de António Calvário, voz eterna de uma geração que clamava por sensações mais mundanas. Calvário, homem que até o pijama é um fato de gala, destila classe e vem falar com Alvim a propósito de um livro de memórias, onde reúne bastas histórias. Se pensam que os Rolling Stones é que tinham (ou têm? Se ainda tiverem, essa imagem mental é indutora de vómito em qualquer pessoa que se preze e livre de patologias) roadies malucas, pensem novamente. Calvário era a verdadeira “cena” nos anos 60. Pelo menos é o que vem no livro e, como é sabido, se vem num livro, é verdade. É em livros e na internet.

Mas há outro convidado. Se Calvário é o “senhor canção ligeira que tanta calcinha humedeceu faz cerca de trinta anos”, o outro convidado, Edson Athayde, é o “senhor publicidade”. De tal forma que, caso não saibam , até conseguiu vender Guterres aos portugueses como Primeiro-Ministro. Carioca de gema, Edson é dos poucos brasileiros em Portugal que não veremos marcar um golo ao nosso clube, a dizer-nos para abrir a boca enquanto empunham uma broca ou a perguntar-nos que ingredientes queremos na nossa pizza. Tem também um tio Olavo que só parece existir na sua cabeça. Ah, e diz quem esteve nas gravações que Athayde e Calvário terão disputado um caloroso duelo de braço de ferro. O vencedor defrontaria Fernando Alvim, afamado título mundial de Judo e outras coisas menos convencionais. Porém, e tendo o vencedor do duelo Athayde x Calvário deixado o braço do adversário num estado lastimoso, Alvim logo tratou de adiar a grande final de braço de ferro, apresentando um atestado médico demonstrativo de como não poderia fazer esforços. Parecia um papel rabiscado por um deficiente mental, mas enfim. É de ver isto tudo, quanto mais não seja porque Alvim telefonará pessoalmente a todos quanto o fizerem, agradecendo e, quiçá, até vertendo uma lágrima ou outra. Embora diga que lhe entrou uma coisa no olho.

sábado, 17 de maio de 2008

11 - Boa Noite Alvim

E eis que, numa amena noite de Maio domingueiro, “Boa Noite Alvim” atinge a sua edição 11. Fosse “Boa Noite Alvim” uma equipa de futebol e este seria, portanto, o extremo-esquerdo , aquele que cruzaria, com conta, peso e medida, para a cabeça do “Boa Noite Alvim” número 9. Desta feita, Alvim não terá convidados. E não terá convidados, porque, as pessoas que, em estúdio com Alvim, desenvolverão uma das mais fascinantes tertúlias de paleio de que há memória, não foram convidadas a participar, mas sim forçadas. Uma, Marta Rebelo, através de ameaças directas a um seu familiar que mora na Régua. O outro, Bernardo Sassetti, por meio de uma possível revelação ao mundo de uns seus slides, reveladores de uma sua mania que não iria cair bem junto da comunidade em que se insere o virtuoso pianista.


Entretanto, e para quem não sabe, refira-se que Marta Rebelo é deputada pelo Partido Socialista e, em jeito de biografia panfletária, pode-se adiantar que gosta de ananás enlatado por causa daquele molho asqueroso; aspira o quarto única e exclusivamente depois de almoço; gosta de romances com mais de oitocentas páginas (mas vai sempre ler a última primeiro porque não gosta de surpresas); leva sempre um carrinho quando vai às compras (mesmo que, como quase sempre, vá só comprar um pacote de margarina e um Mafu); é do Benfica; uma vez espirrou com pujança tal que atirou com a televisão ao chão; e, finalmente, é madrinha de mais de vinte e três crianças, embora nunca tenha dado folar a qualquer uma deles, fingindo que não está em casa no Domingo de Páscoa. Quanto a Sassetti, pianista de classe (ou esforçado, não se sabe bem), já tocou para Matt Damon e Jude Law (e não, não foi quando andou a tocar pelo Metro de Los Angeles) e com Matt Damon e Jude Law; se pudesse, viajava até à Idade Média com uma lanterna, só para chatear aldeões da época; apesar de ter visto todos os episódios de Marés Vivas, nunca apanhou o genérico e, por isso, não sabe como é a música, nem quem a canta; corta muito bem as unhas da mão esquerda, mas tem extrema dificuldade em cortar as da direita; e detesta fazer tapetes de Arraiolos, ainda que os adore ver ser feitos.

A juntar a tudo isto, há ainda rubricas e um ou outro etc.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

BNA X (X é de dez, em romano)

BNA atinge, pela primeira vez nesta terceira fornada de programas, o dígito duplo. E logo o dez, que é o primeiro e tudo. Para esta edição, dois convidados, o que, ninguém se cansa de o dizer, é uma inovação que vale por si só. O primeiro é, curiosamente, uma primeira. Responde pelo nome de Ana Malhoa, embora, a julgar pelas estatísticas de um afamado motor de busca, o seu nome possa também ser qualquer coisa como “Ana Malhoa Nua”. O que, convenhamos, é também um belo apelido. Mas é mesmo isso, a Ana vai ao BNA #10, e, aproveitando a sua presença, revelar-se-á, finalmente, o top das celebridades portuguesas mais pesquisadas da Internet e, se todos se portarem bem, é bastante provável que se revele também qual o local mais inóspito a partir de onde alguém, presume-se que com frio, introduziu no Google o nome de Ana Malhoa seguido de uma expressão menos familiar ou aceite corriqueiramente em conversas de médicos. Como cereja em cima do bolo, aproveita-se para comunicar ao mundo que Ana Malhoa mostrar-se-á, em rigorosa primeira-mão e exclusivo, na sua versão gigante. Há ainda um segundo convidado, que isto do BNA é como uma avó boazinha que nos deixa comer duas mousses como sobremesa, apesar de termos deixado mais de 82% da sopa no prato. Esta segunda mousse, convidado, chama-se Paulo Cardoso e trata os signos por tu. E não é por ser mal-educado, é porque têm à-vontade a esse ponto. Fica o exemplo: uma vez, num programa de rádio, Alvim perguntou-lhe, a Paulo Cardoso, quantos signos conhecia, dos mais variados horóscopos, e o astrólogo começou a metralhar nomes de signos com uma intensidade tal que só parou quando deu o genérico do programa seguinte (deve ter sido o Linha Avançada do José Nunes). Alvim viu o caso mal parado, porque Paulo Cardoso começou com “porco”, mas depois até sorriu quando o senhor Astrologia admitiu que, de todos aqueles nomes, só tinha inventado uns vinte. Pronto, na prática, vai-se saber tudo sobre todos os signos e você vai escolher a pessoa amada com base nesta informação, na madrugada de Domingo para Segunda, logo a seguir ao programa. Teremos ainda uma nova rubrica, intitulada “Os pensamentos do Quadros”, e sobre a qual nada se sabe e, como se vê, o título nada adianta. E é isto. Mas também pode ser muito mais. É ver.